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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Tesouro De Klaus - A Caveira

Esse capítulo é duas vezes menor que os outros, mas não comecem a reclamar, pois o próximo é gigantesco. Então, espero que gostem.
Se você quiser saber dos outros capítulos, clique aqui.


 Eles andaram por muito tempo, e o Sol desceu deixando-lhes na escuridão. Era uma noite escura e sem lua, foi difícil para eles andar no escuro, então resolveram acender uma tocha para iluminar o caminho. Ao chegarem a uma clareira, começaram a distinguir o contorno da Caveira.
-Acho melhor não entrarmos lá, pelo menos enquanto o Sol não estiver nos iluminando – disse Barius 
Vamos armar acampamento aqui, enquanto ainda estamos a uma boa distância da Caveira, pois não sabemos o que iremos encontrar lá dentro.
-Não temos o que comer. Soltei minha mochila, quando o homem-peixe estava tentando me afogar – disse Horn – Eu estava desesperado, e ela atrapalhava demais, então a soltei.
-Vamos ter que dormir sem comer, pelo menos por hoje – disse Darko.
-A minha garrafa de hidromel estava na sua mochila! – disse Tronk.
-Desculpe, mas eu estava sendo afogado num lago sujo e cheio de ossos! – disse Horn, batendo as mãos na
perna.
-Mas agora estamos sem comida, bebida e nossos sacos de dormir! Estava tudo lá! – disse Tronk, olhando
feio para Horn.
-Acalmem-se! Darko está certo, pelo menos por essa noite, iremos dormir sem comer. Amanhã caçamos e
nos alimentamos. Agora vamos dormir – disse Barius.
-E o mapa?! – disse Horn.
-Eu o peguei, antes de vocês irem lá. Está aqui – disse Barius, mostrando o mapa com seus desenhos de
florestas, cidades e vilarejos que ficam em volta dos lugares mais perigosos de Freknes, todos visitados por
seu bisavô. Eles acenderam uma fogueira com alguns galhos secos que estavam em volta da fogueira. “O que
pode ser o tesouro? Deve ser algo muito valioso, afinal ele dividiu a chave em quatro partes e as escondeu, e
ainda escondeu a safira encantada. Não sabemos em qual dos locais ele escondeu as partes da chave e muito
menos a safira, portanto teremos que procurar em todos os dez locais que ele visitou. Essa será uma jornada
grande”, pensava Horn, quando percebeu que alguém se levantou. Olhou e viu Barius, seu olhar concentrado
indicava que ouvira alguma coisa.
Horn olhou para onde Barius olhava e se deparou com um ser estranho saindo da mata. Ele tinha espinhos
dispostos uniformemente nas costas. A iluminação que a fogueira proporcionava era pouca, porém foi o
bastante para eles verem a criatura e se encherem de pavor. A criatura olhou com os olhos esbugalhados
para Barius, e abriu a boca, aparentemente sem dentes, então os dentes pontudos e amarelos cresceram das
gengivas. Horn gritou.
Darko e Tronk acordaram, já sacando suas armas. Barius sacou sua espada. Horn estava desarmado, mas
não se esconderia. Ele pegou um galho grosso que viu caído no chão, logo após fez uma tocha com ele, e a
apontou para a criatura. Estavam os quatro postados em posição de batalha, segurando suas armas, e a
criatura estava parada na frente deles. Após alguns minutos de silêncio, a criatura recolheu os dentes de volta
para a gengiva, ficou de quatro e entrou na floresta densa em volta da clareira.
-Acho que o intimidamos – disse Barius.
Eles ficaram atentos a qualquer barulho que indicasse que outra criatura estava ali. Então, eles ouviram
dezenas de pés, ou patas, andando rapidamente e viram o porquê da criatura ter ido embora: ela fora chamar
reforços. Uma das criaturas chegou perto deles, estendeu a língua bifurcada e sentiu o terror de Horn.
Aproximou-se dele e fez as pequenas garras cresceram até ficar a um tamanho exorbitante. Horn sentiu o
bafo quente da criatura e, mesmo que estivesse com medo, a olhou nos olhos e num movimento rápido, ele
pegou o tronco que havia jogado na fogueira e o pressionou contra a caixa torácica da criatura, que soltou
um grito agudo, antes de ser decapitada por Darko, que estava ao lado de Horn. Então, eles olharam em
volta e viram dezenas de pares de olhos brilhando com uma cor dourada, e correram.
Eles correram durante muito tempo, as criaturas o perseguiam e algumas vezes pulavam em cima deles, mas
os que se arriscavam eram cortados por Tronk. Então, eles viram a caveira e entraram nela, as criaturas
pararam e ficaram vigiando durante um tempo, mas foram embora, ao perceberem que eles não sairiam dali.
-Por que eles não entraram? – perguntou Horn.
-Medo – disse Barius.
-O que? – disse Darko.
-Eles estavam com medo, deu para ver nos olhos deles – disse Barius.
-Agora eu estou com mais medo ainda do que já estava. O que consegue colocar medo naquelas coisas? –
disse Horn, olhando para os lados e só encontrando escuridão.
-Não sei – disse Barius.
-Já que estamos aqui, vamos procurar a entrada para o vilarejo das estátuas– disse Horn.
-Concordo, porém a escuridão é total e não consigo ver quase nada. – disse Barius – Espera! Que luz é
aquela?
-Onde? – perguntou Darko, olhando em volta.
-Sigam o som dos meus passos! – disse Barius.
Após isso, seguiram-se alguns minutos de escuridão e silêncio, apenas os passos deles ecoando naquela
grande caverna em formato de crânio conhecido como A Caveira. Então, todos começaram a ver uma luz
muito forte iluminando o fundo da caverna. Horn imaginou que já havia amanhecido e correu até lá, mas
quando chegou lá, percebeu que não havia saído da Caveira, tinha chegado ao salão do portal. Ele andou até
perto do portal, e os outros vieram juntos. O portão era um tipo de espelhos, colocado em pé na pedra.
Parecia novo, porém Horn sabia que aquilo deveria existir a muito tempo. Eles olharam através do portal e
viram o vilarejo, com as estátuas.
-Achamos o portal – disse Barius.
-Então, o que estamos esperando, vamos! – disse Darko.
-Lembre-se que teremos que voltar dentro de dois dias, se não acontecerá alguma coisa. Estava na carta de
meu bisavô – disse Horn – Não sei o que acontecerá, mas ele não daria o aviso só para assustar.
-Concordo, então estão prontos? – disse Barius.
-Estou! – disse Darko.
-Eu também – disse Tronk.
“Se entrar nesse portal, é provável que minha vida mude para sempre. Talvez não haja mais volta,”, pensou
Horn, então disse:
-Sim, vamos!
E entrou no portal

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