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quinta-feira, 31 de março de 2011

Noticias Rápidas: Book trailer de O Caso Laura e Mortal Engines e lançamento de O Último Desejo

 Mais um Noticias Rápidas aqui no blog.

1 - Book trailer de O Caso Laura e de Mortal Engines
 O Caso Laura é o novo livro do escritor André Vianco - o mesmo de Os Sete, Sétimo e a trilogia Turno Da Noite, livros que resenharei daqui algum tempo -. O book trailer é simplismente muito bom:

E outro book trailer, mas agora de uma nova série aqui no Brasil. A série Mortal Engines me parece muito boa e o book trailer é magnifico!
Fiquem com ele:

2 - Lançamento de O Último Desejo!
Este é um livro de muito sucesso no mundo todo e agora chega ao Brasil. Já havia ouvido falar desta série e acho que comprarei em um futuro próximo. A capa abaixo:

Bela capa, não?

Fonte: Sobre Livros

quarta-feira, 30 de março de 2011

Capa do 8º livro da coleção "The 39 Clues"

 Adoro essa série, já resenhei seis livros dela aqui e o sétimo está esperando para ser lido. A capa do oitavo está aqui:

 Gordon Korman escreve este, ele também escreveu o segundo livro ( A Nota Errada ) da série. Acho que isso quebra completamente a premissa de cada livro ser escrito por um autor diferente. Mas tudo bem, se esse for bom como o outro que ele escreveu.

Fonte: Livros Em Série

Noticias Rápidas: Diário De Um Banana 2 no topo, Poster de HP7 - Pt.2 e "Os Imortais" no cinema

 Bem, e como estou sem postar a um bom tempo, vamos começar com o "Noticias Rápidas".

1 - Diário De Um Banana 2 lidera as bilheterias dos EUA, em um fim de semana.
 A sequencia da história de Greg Heffley desbancou "Sucker Punch", nova produção de Zack Snyder e "Sem Limites", com Robert DeNiro.

2 - Divulgado poster de HP7 - Pt.2
 Foi divulgado um poster do filme que encerrará a grandiosa saga do bruxinho - que já não é tão "inho" assim neste filme -. Se você ainda não viu:

3 - Summit com os direitos de "Os Imortais"
 Depois de Crepúsculo, a Summit vai adaptar a série "Os Imortais" para os cinemas. Ela fez um ótimo trabalho com Crepúsculo, portanto acho que esta adaptação também ficará boa. Nunca li nenhum livro desta série, mas os filmes do Crepúsculo agradou até quem não leu os livros, portanto acho que não ficarei prejudicado por esperar o filme.

 É isso, esse foi o Noticias Rápidas!

Fonte: Livros Em Série

quarta-feira, 23 de março de 2011

Noticias Rápidas: Feira Do Livro e 7º Dia Do Fã!

 A Feira Do Livro acontecerá no Central Plaza e terá um quiz da saga Percy Jackson com o 1º prêmio sendo R$1,000 em vales-compra para gastar no shopping.

 E o sétimo dia do fã acontecerá na Estação Ciencia - Rua Guaicurus, 1394, Lapa, São Paulo - é de graça, só é preciso pagar o preço do ingresso para entrar na Estação Ciência e levar um quilo de alimento perecivel!

 E esse foi o "Noticias Rápidas" de hoje - que eu faço só quando não tô com saco de escrever um post para cada evento -.

P*** Que Pariu, o livro final da série O Ciclo Da Herança, tem capa e sinopse anunciadas

 Começou quando eu vi um livro um pouco grosso, com capa azul e o rosto de um dragão estampado na capa. O nome escrito em letras grande "ERAGON" me chamou atenção. Li a sinopse na orelha do livro, e comprei. Começei a ler e desde então ficava roendo as unhas pelas continuações.
 E agora, depois de tanto tempo esperando - e relendo os três outros livros da série -, finalmente foi anunciada a capa da conclusão da mais maravilhosa saga que já foi criada. Fiquem com a capa:

 Bem ao estilo das outra, não? Mas não ligo, afinal foi o rosto de Saphira estampado na capa que me despertou interesse no livro. Finalmente sabemos que o livro será realmente lançado - já tava duvidando -.
 São 772 páginas de pura aventura e ação, pelo que vi na sinopse traduzida:

 "A pouco tempo atrás, Eragon - Matador De Espectros, Cavaleiro De Dragão - não era nada além de um pobre garoto de fazendo, e seu dragão, Saphira, apenas uma pedra azul na floresta. Mas agora o destino de uma civilização inteira está sobre seus ombros.

 Muitos meses de treinamento e batalhas trouxeram vitórias e esperança, mas também trouxeram perdas arrasadoras. E a verdadeira batalha ainda está por vir: eles devem enfrentar Galbatorix. Quando eles o enfrentarem, terão que ser fortes o bastante para derrotá-lo e se eles não conseguirem, ninguém mais conseguirá. Não haverá segunda chance.

 O cavaleiro e seu dragão chegaram mais longe do que todos esperavam. Mas eles conseguiram derrotar o malvado rei e restaurar a justiça em Alagaësia? E se conseguirem, a que custo?

 Esta é a tão esperada conclusão da série O Ciclo Da Herança, best-seller mundial - Tradução Sobre Livros"

 O livro será lançado dia 08 de novembro nos EUA, e tem uma tiragem de 2 milhões e meio de livros. Acho que isso deixa mais que provado que a série é boa, não?
 Eu sinceramente amo, e não vejo a hora que a Rocco se pronuncie pelo lançamento.

Fonte: Sobre Livros

terça-feira, 22 de março de 2011

Capa de "Conexão Magia", livro de Helena Gomes e Rosana Rios

 Helena Gomes e Rosana Rios são as escritoras de Sangue De Lobo, não li, mas já ouvi falar muito desse livro na net. E agora as escritoras brasileiras estão anunciando um novo livro e eu comprarei e lerei, e então vocês terão uma resenha aqui. Mas agora trago-lhes a capa do livro:

Muito boa essa capa, não? E a sinopse me deixou muito curioso:

"Abandonado quando ainda bebê, Gael nunca teve oportunidade de perguntar a sua familia verdadeira por que é tão diferente das outras crianças. Ao se deparar com um cavaleiro celta no meio da cidade de São Paulo, inicia sua jornada por diversas cidades brasileiras, onde descobrirá uma magia antiga, oculta aos olhos dos mortais, e desvendará o mistério de sua origem.
Em Conexão Magia, as autoras recuperam elementos mitológicos das culturas portuguesa, indigena e africana  para dar forma a um romance de aventura e fantasia original e surpreendente, ambientado em São Paulo e Rio De Janeiro."

Fonte: Sobre Livros

Capa nacional de "Frente De Tempestade"!

"Frente De Tempestade" é o mais novo livro da Editora Underworld, ainda não foi lançado, mas a capa é muito legal.
 Concordam comigo que a capa é muito maneira? Acho que esse livro deve ser ótimo, já havia ouvido falar da série anteriormente, não lembro onde exatamente. Mas, se não conhecem, vejam a sinopse:

"Harry Dresden é o melhor no que faz. Bem, tecnicamente, ele é o único a fazer esse trabalho. Então, quando a policia se depara com um caso que transcende a criatividade ou capacidade humana, eles vem até Harry para obter respostas. O mundo cotidiano, na verdade, está cheio de seres estranhos e mágicos - e a maioria desses seres não se dá bem com humanos. É aí que Harry entra. Afinal, é preciso um mago para agarrar - bem, qualquer coisa.

Só existe um probleminha. Os negócios, para colocar em meio-termo, não vão nada bem. Então quando a policia o chama para resolver um caso de duplo assassinato cometido com magia negra, Harry só consegue pensar nos dólares que irá ganhar. Mas onde existe magia negra, existe um mago negro por trás dela. Agora esse mago conhece o nome de Harry. E é então que as coisas começam a ficar um pouco...interessantes"
 Putz, parece ser muito legal, não? O livro tem previsão de lançamento para o mês que vem.

Fonte: Sobre Livros

segunda-feira, 21 de março de 2011

Bernard Cornwell, literatura para macho!

CUIDADO, SPOILERS! LEIA POR SUA PRÓPRIA CONTA E RISCO!

 Bernard Cornwell é um escritor inglês de imenso sucesso no mundo todo, inclusive no Brasil. Ele escreve ficção histórica, ou seja, ele pega um fato da história - principalmente guerras - e conta uma história ficcional a partir daquele fato. O livro que farei resenha agora foi escrito por ele, é o primeiro de uma trilogia - e os três livros são considerados os melhores que ele já escreveu -. O nome do livro é: O Rei Do Inverno, o primeiro livro das Crônicas De Arthur.
 Agora você deve estar se perguntando: "Arthur? O Rei Arthur? Desde quando Arthur é real?", mas acalme-se. Ele mesmo diz que não há provas concretas de que Arthur existiu, mas ele conta toda a história com uma imensidão de detalhes e ambienta a história na Britânia do século V, quando o reino estava sofrendo pelos ataques dos saxões e pelo cristianismo dominando os lugares. Ele ambienta a história com uma imensidão de detalhes e se retirar os personagens e a história, e pesquisar o nome dos lugares, você verá que a ambientação da história é real! (Espero que não tenha ficado confuso demais)

 As principais diferenças do Arthur de Cornwell e o resto é:

- Excalibur não foi retirada da pedra;

- Lancelot é um covarde filho da mãe;

- Arthur não é rei;

- A Tavola Redonda não "ecziste";

- E não tem aquela baboseira do Santo Graal.

 Acho que listei as principais diferenças, mas se você ler, verá que é bem mais que isso. Arhur, por exemplo, é um personagem humanizado, ele não é um grande herói que vence sempre apenas com a cara e a coragem.  Ele é um estrategista de guerra e perde, sim. Ele nem sempre faz o que é certo, como quando casa com Guinevere e rompe o noivado com Ceinwyn, filha de Gorfyddyd. O casamento acabaria com a guerra entre estes dois reinos, mas ele se casou com outra e Gorfyddyd não deixou barato, começou uma imensa guerra com Arthur.
 Outra coisa é interessante neste livro: as batalhas. Neste livro, os guerreiros não correm em direção ao exercito inimigo com a espada levantada e o peito protegido apenas pela armadura. As guerras aqui são feitas com uma parede de escudos e lanças, onde o objetivo é abrir a barreira inimiga com estocadas de lanças e entrar na barreira inimiga, e a partir daí o massacre e a vitória é 90% certa. E, apesar de parecer chato e entediante, isso faz das batalhas as partes mais legais dos livros.

 Derfel - leia-se Dervel - é o narrador e praticamente o protagonista. "Como assim?", você pergunta. Quero dizer que o leitor acompanha a jornada de Derfel, amigo e um dos melhores generais de Arthur, e isso realmente é interessante de se observar. "Ah, mas aí é chato! Eu quero saber de Arthur!", você diz. Mas saiba que isso deixa o livro melhor, pois se acompanhássemos Arthur, teriamos que  acompanhar muita coisa desnecessária ao enredo do livro. Com Derfel, a coisa é assim: menos papo e mais ação, durante as guerras. Se fossemos ler do ponto de vista de Arthur, leríamos vários parágrafos de discussão sobre estratégia de guerra, mas com Derfel nós sabemos da estratégia já definida e logo após começa o ataque. Apesar disso, não é só de batalhas que sobrevive o livro. Os dialógos estão ali por que são importantes para a trama, afinal se você não sabe o que os personagens falam, eles praticamente ficam sem carisma.
 Chegamos num ponto marcante deste livro: os personagens. Já falei de Derfel e Arthur, mas a outros personagens que simplesmente marcam muita presença no livro. Como Merlin! Você, se já leu Excalibur ou qualquer outro livro contando a história de Arthur, com certeza o conhece como um mago moda focka, mas ele não é mago, por que não existe magia! Ele é um druida - espécie de monge da religião celtica, mais informações aqui - e um personagem mais que marcante nesta narrativa maravilhosa de Cornwell. Sempre que ele aparece, ele marca presença, apesar de falar pouco.
 Nimue - leia-se Nimwai - é outro personagem muito legal. Ela é uma mulher druida e a melhor personagem feminina do livro, pois tem toda um jeito de "dane-se o mundo!", com certeza uma das minhas personagens favoritas do livro.

 Outra coisa a falar sobre as guerras e que é a prova de que o livro é pra macho. Cornwell representa a guerra como ela é, não uma coisa linda como soldados em armaduras brilhantes, os soldados são sujos e nojentos, sanguinários e muitos são estupradores. Sim, aqui os escravos são levados, e as mulheres são estupradas em pleno campo de batalha! Perdi a conta de quantas vezes li menções a estupros no livro. Ele não nos mostra uma guerra limpa e bonita; ele nos mostra uma guerra suja, nojenta e com soldados que não tem um mínimo código de honra - tanto que os estupros são totalmente ignorados durante o livro -.

 É isso, O Rei Do Inverno é o primeiro livro de ficção histórica que li e agora não consigo parar de pensar nas incríveis batalhas que part...ou, que Derfel participou no livro.

Eu fui no evento de lançamento de "Eu Sou O Número Quatro"!

 Infelizmente, esqueci a câmera. Mas consegui achar fotos do evento, aqui! Peguei alguns brindes - um botton do livro, um chaveiro - acho que era, mas eu coloquei uma correntinha e transformei num colar -, um marca-páginas do livro e uma tatuagem que brilha no escuro - a qual não colarei no corpo, e sim na parede do meu quarto, só quero ver o que vai rolar quando tudo se apagar a noite! -.
 O evento foi muito divertido, eu cheguei atrasado, mas deu pra se divertir bastante. E, como foi o primeiro evento que visitei, não participei muito, mas eu também não li o livro, portanto não poderia responder a pergunta do quiz. Mas estou com o livro aqui em casa e assim que eu ler - estou re-lendo Percy Jackson e Os Olimpianos pela 5ª vez para o evento que terá lá no Central Plaza Shopping -, posto a resenha.

Se não conhece "Eu Sou O Número Quatro", clique aqui.

sábado, 12 de março de 2011

Raphael Draccon mostra que os livros brasileiros não são apenas Machado de Assis e Paulo Coelho

 Demorou, mas chegou!

 Raphael Draccon é, para quem não conhece, o escritor da trilogia "Dragões De Éter", e, nesta postagem, resenharei o primeiro da trilogia, "Caçadores De Bruxas".

 O livro começa um pouco entediante, mas mais adiante o que eu pensei que seria uma história sobre dragões e bruxas, me surpreendeu trazendo uma releitura de contos de fada clássicos, personagens carismáticos e ação. Raphael Draccon escreve maravilhosamente bem e quando você começa a ler "Caçadores de Bruxas", você não para! Eu li o livro em quatro dias, e estou animado para comprar a sequencia desse maravilhoso livro.

 O mais curioso é que o livro fez sucesso sem uma mínima ação de marketing, o que apenas comprova o quanto este livro é bom. Uma história com uma trama enredada e reviravoltas do começo ao fim. É tudo num ritmo eletrizante.

 As cenas de luta em que Axel Terra Branford - o meu personagem favorito do livro - participa são as melhores, apesar de poucas. Ele treina pugilismo - boxe - e na maioria das vezes não usa espada e sim os punhos.

 Gostei muito da forma que ele faz os contos de fada terem sentido e enreda os mesmos numa trama cheia de intrigas, onde a verdade pode se desfazer em questão de segundos. Raphael Draccon tem uma escrita envolvente, onde você sente o que os personagens sentem. Raiva, dor, amor, ansiedade, medo, etc.

 No começo, eu não estava entendo o que estava acontecendo. Não estava achando razão para os vilões estarem agindo de certa forma, e cheguei quase a desistir do livro por ter ficado confuso. Mas não desisti, e quando finalmente entendi tudo, não quis parar de ler.

 O final é um dos melhores que eu já li num livro, simplesmente magnífico. Mas o que não é magnífico neste livro de Draccon?

sexta-feira, 11 de março de 2011

Capa de "O Caso Laura" e Noite De Autografos!

"O Caso Laura" é o 13º livro de André Vianco, um ótimo escritor brasileiro, autor de "Os Sete" e outros livros de vampiros, os quais pretendo resenhar - afinal tenho todos os livros dele - daqui uns tempos.
Eu estou animado com esse livro, afinal ainda não deu para ter uma idéia exata do que é. Nas palavras de Vianco: "O Caso Laura" é um livro, digamos, "policial dark".
Fiquem com a capa:
 A capa é misteriosa e me deixou com muita vontade de ler - segue o mesmo plano da capa de "Os Sete", onde só havia metade de um rosto branco e, se não me engano, com os olhos vermelhos -. Esperava que o primeiro capítulo já dissesse um pouco mais sobre o livro, mas não diz. Caso estejam interessados, leiam o primeiro capítulo:

- Não sei se eu já te falei, pai, mas arranjei um amigo novo. Acho que faz umas quatro ou cinco semanas que nos encontramos todos os dias. Vejo mais ele do que vejo você, mas sei que você entende e não fica chateado com isso. Você sempre quis que eu me divertisse mais, sempre me empurrou para os carinhas interessantes quando eu estava no colégio, me encorajando e conversando comigo a respeito de tudo na vida.
Laura suspirou e ficou olhando para o pai, meio que esperando uma resposta, um sinal de aprovação.
– Você sempre fez o tipo de pai moderninho. Minhas amigas não acreditavam quando eu contava os papos que a gente tinha. Quando eu contava das vezes que você me tirava do quarto, da frente do computador ou da TV e fazia eu me trocar e colocar batom e tudo pra ir a uma festa ou baladinha com as amigas, elas surtavam. Diziam para eu cuidar de você até o fim da minha vida porque pai assim não existe.
O sorriso tímido que teimava em brotar nos lábios sempre morria quando chegava o silêncio. Ela falava com o pai usando um tom baixo na voz. Não que o pai fosse se importar com o volume, mas ela sempre teve aquilo, verdadeira aflição em ser notada e horror a incomodar os outros com sua voz aguda. Lembrava do desconforto que era escutar a si própria numa gravação caseira, falando para a câmera nas festas de amigas ou na formatura. Já que estavam em um hospital, tinha medo dos familiares do leito ao lado a ouvirem fazendo suas confissões eventuais ao pai acamado. Ela deixou outro suspiro fugir do peito e cruzar a distância entre ela e o pai calado. De tempos em tempos ela ajeitava o cabelo e remexia as rosas no jarro d’água improvisado como vaso. Casa de ferreiro, espeto de pau. Ela bem que podia trazer um vaso decente, mas nunca lembrava por conta de só visitar o pai quando dava na veneta ou quando estava demasiadamente deprimida, sem ninguém mais para escutá-la. Evitava estar ali, não por falta de paixão ou consideração, mas é que a jovialidade e a intensidade das palavras daquele homem em muitas conversas travadas num passado nada distante oprimiam ainda mais o peito daquela filha. Raro era o episódio em que ela entrava ali, naquele quarto, de caso pensado, com tudo planejado e esquematizado na agenda. Acontecia de ela estar ali. Muitas vezes com os olhos rasos d’água pela tristeza que pisoteava seu peito ou tomada pelas lembranças dos carinhos e cuidados daquele paizão ausente que segurava tanto a sua barra.
Laura ficou calada mais um tempo, passando a mão suavemente em seu próprio pulso. Parava, inconsciente, nas lombadinhas que tinham se formado ali, na pele. Quelóides, cicatrizes deixadas pelo desespero. Olhando para as rugas no rosto do pai, as papadas que começavam a crescer, o cabelo já branquinho apesar do topete cheio, tudo compondo e acusando o açoite certeiro do tempo, deu um novo suspiro. O pai continuou calado e ela, mesmo sem resposta alguma, seguiu seu misto de confissão e desabafo.
- O nome desse meu amigo é daqueles que a mamãe gostava, nome de anjo. Miguel.
Ela pausou a fala e olhou para o armário do leito vizinho. Lá, repousava uma estatueta de um anjo com uma lanterna de vidro e fogo agarrada pela mão.
- Já contei que estou trabalhando na igreja do centro agora? Acho que não. Os cupins aprontaram umas boas por lá. Pelo menos eu e a Simoneca teremos trabalho até o fim do ano. Benditos sejam os cupins, pai.
Novo período de silêncio. Laura suspirou antes de continuar.
- Não sei se é por causa do Miguel ou por sua causa, papai, que eu resolvi esperar mais um pouco – disse, em tom mais baixo ainda, as palavras entremeadas por fungadas.
Agora Laura chorava. Ficou calada por mais de dez minutos, olhando fixamente para o pai. Às vezes tinha a impressão de estar falando com uma casca vazia e isso a enchia de medo e solidão. O tubo de oxigênio entrando pela narina do pai era o que o mantinha vivo. Desde o acidente vascular cerebral seu pai ia desaparecendo aos poucos, desvanecendo como um sonho bom. Ela tinha verdadeira fobia ao passar do tempo, a necessidade de ter de visitá-lo naquele estado. Tinha a impressão que mais dia, menos dia, quando entrasse no quarto, não encontraria mais nada em cima da cama a não ser o pijama, o lençol e o cobertor – mesmo que a enfermeira e o doutor Breno dissessem que seu pai, de alguma forma, ainda estava ali. Saudável como um touro, seu pai nunca tinha tido nada na vida além de um resfriado corriqueiro ou uma incômoda dor de garganta. Nada de colesterol alto, nada de pressão alta nem diabetes. A única luta que o pai travara em nome da saúde tinha sido contra o vício do cigarro. Ainda assim, gabava-se, rindo com os amigos, dizendo que aquela tinha sido uma guerra preventiva. Sempre magro e ativo, sorridente e bem humorado, um porto seguro de equilíbrio e alto-astral para atracar e pedir guarida em períodos de tristeza e depressão. Um dia, simplesmente do nada, aquilo. Um mal-estar, uma dor de cabeça chata, um corpo que não se levantou mais da cama. Um telefonema da faxineira que ia, por sorte, toda quarta, avisando que o pai estava doente, esquisito, sem sair da cama, falando tudo embolado. Laura entrou em choque, achando que o pai estaria morto antes de ela chegar até a casa. Só conseguiu pensar em doutor Breno, o dono do hospital onde o pai trabalhava nos últimos doze anos. Doutor Breno veio pessoalmente e foi ele quem diagnosticou e tratou da internação imediata do amigo. Foi justamente nessa época que Laura desmoronou uma segunda vez.
A mulher enxugou as lágrimas sabendo que era isso que ele faria se estivesse desperto, ao seu lado. Mais uma vez ela encarava o pai e, sem se dar conta, alisava a cicatriz no próprio pulso. Não entendia como uns lutavam tanto para manterem-se agarrados ao fio da vida e outros, fracos como ela, entregavam-se de bandeja às teias da morte, de bom grado, de boa vontade, com todo desejo de ir-se embora para o outro lado do manto, e acabavam sendo regurgitados para essa existência que todos os conscientes teimavam em chamar de vida. Ela vinha perdendo as forças. Laura conseguia ludibriar a todos vestindo um sorriso ensaiado e desfilando com ele pela rua, pela padaria, entre os amigos de trabalho. Era mais fácil assim. Com um sorrisinho besta, ninguém notava a tsunami devastadora correndo e erodindo sua alma bem ali, dentro de seu peito. Queria que aquele sorriso na frente do espelho também a enganasse, forjando felicidade, mas não conseguia. E agarrava-se levemente à vida, esperando pelo pai. Tinha que ter certeza de que não iria desapontá-lo. O consolo e o único remédio vinha sendo aquela nova e inesperada amizade com Miguel, que mais que um bom amigo era um bom ouvido. Miguel não a julgava nunca. Miguel não queria saber de seu passado, se ela tinha sido ou não culpada e nem sabia que ela um dia tinha tentado acabar com a vida.


O livro será lançado pela Rocco, e já tem datas das noites de autografos:

6 de abril – Rio -Livraria Saraiva Botafogo Praia Shopping – quarta – das 19 às 22 h.
9 de abril – São Paulo - Livraria Saraiva Shopping Center Norte – sábado – 15 às 18h.
12 de abril – Campinas – Saraiva Shopping Iguatemi – terça – 19 às 22h.
13 de abril – Joinville – Livrarias Curitiba – quarta – 19 às 22h.
14 de abril – Florianópolis – Livrarias Curitiba – quinta – 19 às 22h.
15 de abril – Porto Alegre - FNAC – sexta – 19 às 22h.
26 de abril – Curitiba – Livrarias Curitiba – terça – 19 às 22h.
28 de abril – Londrina – Livrarias Curitiba – quarta – 19 às 22h.
Eventos em maio 2011
02 de maio - Poços de Caldas - FLIPOÇOS – segunda – 20hs.
03 de maio – Brasília – Saraiva Shopping Pátio Brasil – terça – 19 às 22h.
04 de maio – Salvador – Livraria Cultura Salvador – quarta – 19 às 22h.
05 de maio – Fortaleza – Livraria Cutura Fortaleza – quinta – 19 às 22h.

"Destino" em Pré-Venda!

 Estão lembrados de um book-trailer que eu postei aqui no blog? Se não lembram, é só clicar aqui. Como o título da postagem diz, ele está em Pré-Venda! É que vou guardar dinheiro para o evento de lançamento de "Eu Sou O Número Quatro", se não comprava era agora! Fique com a sinopse:
"Na distopia criada pela autora no livro, o futuro parece muito tranquilo. Os individuo têm acesso a educação, emprego e todo bem-estar que um governo pode proporcionar - as ruas são extremamente limpas e os transportes públicos são moderníssimos!
 Mas é esse mesmo governo - que todos chamam de Sociedade - é quem escolhe onde se deve morar, onde trabalhar, como se divertir, com quem se casar e quando morrer.
 A protagonista Cassia tem absoluta confiança nas escolhas que a Sociedade lhe reserva. Ter o futuro definido pelo sistema é um preço aparentemente pequeno a se pagar por uma vida tranquila e saudável e pela escolha do companheiro perfeito para formar uma família. Como a maioria das meninas, aos 17 anos, ela já está pronta para conhecer seu Par.

Após o anúncio oficial, a menina sente-se mais segura do que nunca. Romântica, sonhava há anos com o momento do Banquete do Par, a cerimônia em que a Sociedade aponta aos jovens com quem irão casar. Quando surge numa tela o rosto de seu amigo mais querido, Xander – bonito, inteligente, atencioso, íntimo dela há tantos anos -, tudo parece bom demais para ser verdade."
Eu não entendi o trecho: "e quando morrer", tipo assim: se eles querem que a pessoa morra ainda criança, ele matam ela?!?
Mas de qualquer forma, o livro me parece se interessante, afinal a sinopse não revela nada de como vai ser o livro, mas alguma merda vai acontecer na vida dela. 
Se quiser comprar na Pré-Venda, é só clicar aqui!

Evento De Lançamento de "Eu Sou O Número Quatro"!!!

 Estão lembrados de uma noticia que eu dei aqui? Se não lembra, clique aqui. E se gostaram do primeiro capitulo do livro - que eu postei aqui -, então já devem ter comprado, mas se não compraram, então a oportunidade é essa! O evento de lançamento - para quem mora aqui em São Paulo - do livro acontecerá no Shopping Center Norte, num sábado - não nesse, no próximo - e com certeza vai ser legal! Eu comparecerei para comprar o livro, e você irão?

quarta-feira, 2 de março de 2011

1º Capitulo de "Eu Sou O Número Quatro"

 Se vocês estão indecisos em comprar ou não o livro "Eu Sou O Número Quatro", leia o primeiro capitulo abaixo:



Terminou de ler? Gostou? Então clique aqui, ou aqui, se preferir. Mas   se não gostou, então não clica. Mas se gostou clica, ou não. Deixa pra lá.

Fonte: Sobre Livros

G.R.R. Martin apresenta: A Guerra Dos Tronos!!!


 Demorei muito para terminar de ler este livro, afinal o livro tem 591 - ou 592 - páginas. A escrita de G.R.R. Martin é um pouco quanto difícil, pois a muitas palavras difíceis. Mas eu, que já li a trilogia "O Senhor Dos Anéis" três vezes, não tive muitos problemas quanto a leitura. Mas aviso desde já: se você estiver com vontade de ler este livro, leia com atenção, pois é um livro minucioso em todos os detalhes.
 AMBIENTAÇÃO e PERSONAGENS
 O livro é ambientado na era medieval, e G.R.R. Martin nos mostra isto em todos os detalhes. O livro é surpreendentemente minucioso em seus detalhes e, por vezes, você achará que te enganaram ao falar que era um livro de fantasia e vai dizer que é um romance histórico. Apesar do prólogo nos mostrar que esta é uma obra de fantasia, você duvidará disso até as páginas finais. Tudo é representado com uma fidelidade incrível e eu era capaz de imaginar os castelos e os personagens nos seus minimos detalhes.
 Ah, e os personagens. São tão bem construídos que você pesquisará no Google só para saber se eles já existiram algum dia. Todos os personagens são pintados em tom de cinza, não há uma pessoa má e uma pessoa boa, todos tem defeitos e acertos, e ninguém aqui faz o que faz por que "é a coisa certa a fazer", as pessoas fazem o que fazem por razões pessoais. Nem os vilões fazem o que fazem por que são maus, eles fazem o que fazem por poder, ou dinheiro. 
 Os personagens são tão bem construidos que você odeia ou ama os personagens. E são tantos, que você por vezes ficará confuso.
A TRAMA
 A trama do livro é extremamente boa, mas não esperem por um ser maligno que quer dominar a tudo e a todos. A trama do livro tem claro foco em Eddard Stark, que foi convidado para ser a Mão Do Rei, que é uma pessoa que substitui o rei, quando o mesmo quer se divertir e não quer saber do povo. 
 Apesar de parecer ter claro foco em Eddard, a trama é desenvolvida pela visão de todos os personagens. E cada um tem um pensamento diferente para os fatos, e G.R.R. Martin escolhe as pessoas certas para verem os fatos, e isso nos permite aprofundar-se na trama. 
 (Isso é o máximo que posso dizer sem spoilers, espero que tenha ficado bem explicado)
ALGUNS ADENDOS
 A magia é tratada como uma superstição e as criaturas mágicas, aparentemente, estão extintas. Não há elfos, nem magos, mas há um anão. Apenas um anão, mas ele não carrega um machado de guerra e um elmo com chifre, e ele é maltratado e ignorado, pois ele é apenas um deficiente físico. Jon Snow e Tyrion Lannister são meus personagens favoritos. Aliás, é interessante que nós aqui realmente não temos um exercito do mal, mas não posso explicar isto sem dar spoilers.
CONCLUSÃO
 G.R.R. Martin é definitivamente o novo Tolkien. Ele nos apresenta um mundo novo, com línguas, povos, culturas e pessoas com uma personalidade tão crível que você se maravilha com eles.