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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Tesouro De Klaus - O Mar E Seus Mistérios - Pt.1

Sei que havia dito que publicaria uma postagem por capítulo, mas esse é muito grande, por isso estou dividindo-o em 2 partes. Amanhã terão a segunda parte. Ah, mais uma coisa. Não coloquei essa postagem no ar ontem, pois não havia terminado de corrigir ainda - tudo bem, a preguiça atrapalhou um pouquinho, admito -. Mas estou trabalhando a todo vapor para manter o blog em dia, então divirtam-se:


E eles ficaram por ali, até o dia em que Barius disse:
-Temos que continuar nosso caminho, pessoal!
Após as despedidas, os quatro partiram.
Eles seguiram incansavelmente, até o anoitecer. Armaram acampamento e começaram a cozinhar o jantar.
Após todos terem comido, foram todos dormir. Enquanto Horn, Darko e Tronk dormiam, Barius ficava de
vigia, pois poderiam ser assaltados por ladrões ou atacados por animais silvestres.
No outro dia, a marcha incessante continuou. E foi assim por três dias, até que eles finalmente chegaram à
cidade portuária de Northanael. A cidade era totalmente construída por cima da areia da praia, com cabanas
de pano montadas a beira da praia, o mar estava calmo e a cidade não era agitada como Zacharaz. Porém, o
que impressionou Horn foram os barcos. Havia barcos pequenos e simples, feitos de madeira, mas havia
outros barcos enormes que eram três vezes maiores que a casa dele. O porto não parava saia barco, entrava
barco, nunca ficava uma vaga. Os barcos maiores eram tão grandes que, para entregar os suprimentos, era
preciso de uma canoa, pois eles não ficavam perto do porto.
-Temos que procurar um barqueiro que aceite nos levar até a Ilha Da Caveira – disse Barius, indo para o
porto.
Horn, Darko e Tronk foram procurar uma pousada, para comer e beber. Mas só acharam um bar de
madeira, com homens bêbados. Quando Horn entrou, ele viu um homem gordo e alto levantando-se e
vomitando no chão.
-Lodosso, limpa isso! É a quarta vez, só hoje! - disse o dono do bar, que cuspiu num copo que segurava e
depois passou o pano. Horn disse ao homem que queria alugar quatro quartos, o homem pediu um
pagamento adiantado de 170 giffers, Horn reclamou, mas o homem disse que sem o pagamento adiantado,
não haveria negócio. Horn, sem outra opção, pagou.
Subiu para o quarto, e se deparou com um lugar sujo e com um colchão no chão. Horn largou a mochila no
chão e decidiu que ficaria ali apenas esse dia. No outro dia, Barius disse a ele que conseguira um barqueiro
para levá-los até a Ilha Da Caveira, um barqueiro grande e forte que tinha uma cicatriz que ia do olho até o
pescoço, seu nome era Kalo.
-Nós partiremos amanhã, só não partiremos hoje, por que ele precisa abastecer-se – disse Barius. Eles
ficaram andando pela cidade o dia inteiro, quando anoiteceu, eles foram dormir nos quartos que Horn
alugara. No outro dia, eles acordaram cedo para começar a viagem. Foram para o porto e viram o barco,
era um barco pequeno e largo, que caberia facilmente todos eles e ainda sobraria espaço. Entraram no barco
e Kalo disse:
-Sejam bem vindos ao Quaivok. Vamos começar a viagem.
Ele girou uma manivela e depois outra, fazendo duas velas levantar-se. Ele segurou o timão e disse:
-O vento está a nosso favor, portanto relaxem.
Barius observava o mar, Darko e Tronk bebiam hidromel e jogavam Lupis, um jogo de cartas onde se tinha
que encontrar o par, quem perdesse tinha que beber uma garapa de hidromel inteira, e, pelo que Horn via,
Darko estava perdendo, pois ele estava tonto e gritando coisas sem sentido. Horn desceu até a proa e
deitou-se numa rede, aconchegou-se e adormeceu.
Acordou assustado, com o barco tremendo. Saiu da rede e subiu ao convés, e viu o que os ameaçava.
-Navegamos rápido, é quase de noite, porém ainda estamos longe da Ilha. Ele nos atacou – disse Kalo -
Vamos descer para a proa, ou ele irá nos matar!
Eles desceram para a proa, então Horn percebeu uma coisa que não havia percebido antes: três canhões
negros estavam com a ponta apontada para fora, por pequenas portinholas. Barius, Kalo e Darko ocuparam
os canhões, e Horn ouviu um grito.
-Ele está com o Tronk! – gritou Barius.  Os tiros ressoavam e os rugidos da criatura ecoavam cada vez mais
alto. Então, a criatura rugiu e Tronk caiu na água com estrondo. Um dos tentáculos entrara na proa como
uma espada e depois uma pancada acertou um dos canhões, que girou e acertou o maxilar de Barius,
fazendo-o cair. Ele colocou a mão no queixo e reclamou. Depois de um tempo, a água ficou vermelha e o
polvo gigantesco morreu, deixando-se boiar. Horn subiu e olhou para o monstro, era enorme, provavelmente
era maior do que Vickenaum. 
Kalo subiu ao convés com Barius e Darko atrás dele.
-Temos que pegar Tronk! – lembrou-se Barius, correndo para a borda do convés. Tronk estava lá, boiando
desmaiado. Kalo desceu a rede e conseguiu enrolá-lo, depois puxou ele para cima, soltando-o com violência
no chão. Tronk acordou assustado, e disse:
-Cadê minha espada?
Kalo entregou a espada a ele, toda enrolada na rede. Tronk desenrolou-a, colocando-a de volta na bainha
logo em seguida. Ele desceu para a proa para se trocar. Kalo amarrou uma corda no mastro e outra na
cintura de Darko, e desceu ele até o buraco no casco. Depois de quase uma hora, Darko disse:
-Está pronto!
-Vocês anões são surpreendentes, nunca consertaria isso tão rápido e tão bem – disse Kalo, içando Darko
de volta ao barco. Levantou as velas novamente, e, por sorte os ventos estavam a favor deles, portanto o
barco começou a navegar rapidamente.
E assim foi por três dias, até que um dia, Horn acordou e percebeu que o barco parara. Confuso, Horn subiu
ao convés e perguntou a Barius:
-Por que paramos?
-Precisamos nos reabastecer de suprimentos e água. Vamos descer. Acho que não zarparemos tão cedo –
disse Barius, descendo a escada de corda que estava pendurada na borda direita do convés. Horn foi logo
atrás dele, descendo com cuidado, pois não confiava naquelas cordas. Pisou na água e sentiu suas botas de
couro sendo molhadas. Retirou as botas e foi com elas na mão até a areia, sentindo a água do mar molhando
seus pés e os descansando. Chegando à areia, sentiu a areia grudando em seus pés, afundando sobre seu
peso. E pensou: “Preciso de um banho. Faz quatro dias que não tomo um”.
-Barius, em que pousada Kalo está? – perguntou Horn.
-Pousada? Nós estamos numa ilha despovoada, pelo que Kalo me disse – disse Barius.
-Então, quer dizer que nós dormiremos no chão?! Eu quero tomar um banho! Como você consegue viver
assim?!
-Estou acostumado, como sabe, tive que me virar sozinho desde pequeno, pois meus pais morreram quando
eu tinha cinco anos.
Horn se deitou na areia, deixando a areia entrar no cabelo e grudar em seu corpo. Resolveu tirar a roupa e
tomar um banho de mar. Sentiu a água limpando seu corpo, retirando todo o suor e cansaço dos últimos dias.
Dias trabalhosos: levantando velas, girando maçanetas e comendo apenas pão e queijo com hidromel, além
de dormir em redes que, apesar de não serem muito desconfortáveis, também não são como belas camas de
colchões macios. Perguntou-se onde estava Darko e Tronk, mas ele sentiu alguma coisa mexer-se perto dele,
retirando Darko e Tronk da sua cabeça. Era alguma coisa grande, ele então viu três barbatanas e uma
criatura enorme vindo para cima dele. Ele começou a nadar, porém viu mais três junto com aquele primeiro.
Nadou mais rápido, então viu um arpão passando por cima de sua cabeça e acertando uma das criaturas.
Horn conseguiu chegar à areia e uma das criaturas tirou a cabeça para fora. Horn olhou para ele e viu: dois
olhos vermelhos com dentes que pareciam mais espinhos amarelos. Outro arpão voou e acertou a boca do
que tirou a cabeça para fora. A criatura que sobrara, foi embora rapidamente.
-Temos comida para hoje! – Horn ouviu Kalo dizendo.
Horn vestiu-se e perguntou:
-O que é isso?
-É um Graharn, espécie de criaturas marinhas parecidas com os tubarões, porém são muito mais ferozes e
maiores. Esses não devem ter mais de 3 anos – explicou Kalo, apontando para as criaturas.
-Eles ficam maiores que isso? – disse Horn, apontando para as criaturas de 1,5.
-Podem ficar maiores que meu barco. São criaturas muito ferozes, disso tenho certeza. Tronk me ajuda a
carregá-lo? – disse Kalo, dirigindo-se para a criatura morta. Os dois carregaram a criatura para areia. Kalo
retirou o facão e começou a retirar a pele do Graharn. Horn percebeu que a pele era esverdeada e, após
acariciá-la, era áspera.
-Ficaremos aqui por dois dias, no máximo – disse Kalo, separando as carnes.
-Nós teremos comida para esses dois dias? – perguntou Barius.
-Sim, apenas esse Graharn nos daria comida por cinco dias! – disse Kalo, agora embrulhando as carnes com
folhas de palmeiras, muito abundantes na ilha.
-Por que precisaremos ficar por dois dias? – perguntou Tronk – Pelo que sei temos pão, queijo e leite que irão durar até chegarmos a próxima ilha.
-Precisamos de água doce. E também o vento está contra nós e o barco navegará mais devagar assim.  Eu
acho que ouvi barulho de uma cachoeira, porém precisarei de ajuda. Tronk e Barius venham comigo. Darko
fique vigiando aqui. Horn vá pegar lenha e prepare-se, pois teremos que jantar e Barius me disse que você é
o que cozinha melhor no grupo.  – disse Kalo.
-Está bem! – disse Horn, sentindo-se lisonjeado pelo elogio. Tronk, Barius e Kalo penetraram na floresta
atrás da cachoeira. Darko foi para perto do barco e Horn entrou na floresta.
Ele andou por alguns minutos atrás de galhos secos, mas não os achava. Ouvira um barulho de pés correndo
e avistara um vulto. Ficou parado, ouviu passos se aproximando, olhou para a direita e viu um par de olhos
vermelhos. O par de olhos se aproximava, mas então um zumbido alto começara a se aproximar de outro
lado, fazendo o par de olhos afastarem-se rapidamente.
Horn olhou para o lado de onde o zumbido estava vindo e deparou-se com uma visão que o encheu de
medo: centenas, talvez milhares, de Xinocos vinham em sua direção. Horn olhou para a mochila e se deu
conta de que eles estavam atrás da carne. Horn começou a correr. Os Xinocos são criaturas grandes e com
asas transparentes que batiam muito rápido, tinham garras afiadas em cada uma das seis patas, além de um
ferrão afiado e fino, que poderia atravessar uma arvore de um lado ao outro facilmente.
Horn corria e corria, já nem sabia onde estava, porém o zumbido estava sempre próximo avisando-o de que
se parasse, morreria. O coração batia rápido no peito, a pulsação acelerava-se a cada segundo, adrenalina e
medo se misturavam numa sensação que Horn não saberia descrever. Ele corria cada vez mais rápido, porém
o zumbido não se afastava e toda vez que Horn olhava para trás, sentia um medo terrível. De repente, um
estampido alto e logo depois uma nevoa verde espalhou-se, espantando os Xinocos. Horn lembrou-se do
Grande Ataque Xinoco, que aterrorizou Vickenaum durante três anos. Horn olhou para os lados, procurando
quem lhe salvou a vida, porém nada viu, além de um grilo que o olhava, como que se perguntando quem ele
era. Olhou para cima e viu uma sacola de galhos secos e um pouco envelhecidos pelo tempo.
Horn pegou a sacola.
-E agora, onde estou? – disse Horn para si mesmo.
Olhou para os lados e aguçou os ouvidos para ver se ouvia o barulho do mar. Olhou para o alto, e se
espantou: ele não conseguia ver o céu, via apenas os galhos e folhas das arvores. “Se ficar parado, não
chegarei a lugar nenhum!”, pensou ele, começando a andar. Ele andou durante horas, até que se cansou e
começou a pensar se estava andando em círculos.
Sentou-se no chão, mas então viu novamente os olhos vermelhos. Ele olhou para aqueles olhos e aquilo
prendeu a atenção dele, enchendo-o de medo. Os olhos foram se aproximando e uma flecha passou rente ao
nariz de Horn, afastando o par de olhos novamente.
-Não se meta com os Jaikos, são criaturas extremamente perigosas – disse um homem que Horn não
conhecia – Meu nome é Xanon – disse o homem estendendo a mão.
-Meu nome é Horn – disse Horn, também estendendo a mão.
Horn olhou com curiosidade para Xanon, Ele vestia uma calça de pano desfiada, com o peito nu. Era cego
dum olho e tinha o cabelo prateado. “Com certeza, uma figura diferente”, pensou Horn.
-Foi você que me salvou dos Xinocos? – perguntou Horn, olhando com curiosidade para o cinto de Xanon.
-Xinocos? Não, faz tempo que não vejo Xinocos, mas Jaikos como esse que você estava vendo são muito
freqüentes. Eles te hipnotizam e depois te devoram – responde Xanon, olhando para onde o par de olhos
estava.
Horn observava com muita curiosidade o cinturão de Xanon: havia sacos amarrados nele, que pareciam estar
cheios e pesados.
-Você está perdido? – perguntou Xanon.
-Sim, quero chegar à praia para encontrar meus amigos – respondeu Horn.
-Eu te levo, vamos – disse Xanon, se virando.
-O que você leva no cinturão?
-Eu levo jarkas, frutas que quando jogadas com grande força no chão, expelem um gás capaz de afastar
muitas das criaturas dessa ilha. Tenho zinol, uma pequena fruta que tem um liquido venenoso, uso na maioria
das vezes em minhas flechas. Tenho também quafon, tronto e vinanzim, que são as três frutas necessárias
para se fazer a cura dos venenos mais mortais. Vivo aqui há muito tempo e tive que aprender a viver na
floresta. Só pego o necessário para mim, pois não quero perturbar Sato, a deusa das florestas. Chegamos à
praia e imagino que aqueles sejam seus amigos.
Horn olhou para frente e viu o barco e seus amigos e gritou:
-Estão com fome, rapazes?
Todos correram para se encontrar com ele. Barius perguntou:
-Onde você estava?
Horn contou toda a história a eles.
-Quem é ele? – disse Darko, apontando para Xanon.
-Esse é Xanon, se não fosse por ele eu estaria morto – respondeu Horn.
-Seu amigo tem que aprender a não se aproximar de criaturas que ele não conhece. Se eu não tivesse
aparecido, seu amigo teria sido devorado por um Jaiko – disse Xanon.
-Quer jantar conosco, Xanon? – perguntou Darko.
-Sim!
Horn preparou o jantar, e depois de todos jantarem, foram dormir. Nenhum deles percebeu, mas olhos
amarelos os espionavam da floresta. No outro dia, todos acordaram com um grito.
-Mas o que é isso?! – gritou Horn, que acabara de avistar Xanon. Ele estava deitado, com o pescoço
torcido, o peito rasgado, encharcando de sangue a areia em volta dele.
-Alguma coisa nos atacou á noite, acho que ele tentou nos proteger. Presumo que tenha morrido um pouco
antes do amanhecer. Pelo jeito que ele foi morto, também presumo que seja um Zawok. Um Zawok é uma
criatura humanóide, com asas negras nas costas, garras enormes nas pontas dos dedos, todos os dentes
afiados como caninos, olhos vermelhos e podem chegar a 2,5 metros de altura. Eu não conheço nenhum jeito de matar um Zawok.
-Só de você falar, fiquei com medo. Acho melhor partirmos imediatamente. Temos comida o suficiente para
cinco dias e...
-Também acharia melhor, mas ainda não temos água suficiente para chegar à próxima ilha – disse Kalo.
-Temos que ir ao barco e zarpar daqui, por que se essa criatura nos achar, acho que ela não terá piedade.
Agora vamos ao riacho, pegar água e vamos sair daqui – disse Darko.
-Acalme-se, Darko. Kalo, estamos há quanto tempo até a próxima ilha? – perguntou Barius.
-Se formos rápido, chegaremos nela em cinco dias.
Todos pegaram os galões e foram para o riacho, e ficaram pegando água o dia todo. Anoiteceu, e eles
voltaram para o acampamento.
-Temos o bastante para não morrermos de sede no caminho? – perguntou Horn.
-Sim – respondeu Kalo, já subindo no barco.
Todos subiram, só faltava Darko, porém quando eles estavam subindo, viram um vulto e depois ouviram
Darko gritar. Quando olharam para o céu, viram a criatura. Devia ter 2,5 metros, era magra, tinha orelhas
pontudas e os olhos dourados. As asas negras batiam a uma velocidade incrível. O Zawok, com Darko nos
ombros, virou-se e caiu em queda livre, numa velocidade incrível, em direção a floresta. Todos estavam
abismados demais para falar alguma coisa, até que Barius disse:
-Temos que salvá-lo.
-Concordo – disse Tronk, pegando a espada de folha larga.
-Mas aquela criatura vai matar todos vocês! Não vê, ele pegou Darko e fez um convite para o jantar, que
serão vocês! – disse Kalo.
-Temos que salvá-lo, ele é nosso amigo!
-Admiro a coragem de vocês, mas eu não vou – disse Kalo, indo para a proa do barco.
-Você vem com a gente, Horn? – perguntou Barius.
-Sim, eu vou. Apesar de eu não conhecê-lo tão bem, acho que ninguém merece morrer – disse Horn,
pegando no cabo da adaga, que estava presa no cinto.
-Então, vamos! –disse Barius, descendo para a praia 

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