Desculpem por ficar sem postar tanto tempo assim. E para recomeçar muito bem, trago a vocês o novo capítulo do meu livro. Preparem seus corações, pois aí vem aventura!
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Eles andaram pelo vilarejo durante alguns minutos, e tudo que viram foram estátuas. O capim crescia alto e
plantas trepadeiras se enrolavam nos postes e dominavam as casas. Um deserto se desenrolava em volta do
vilarejo, porém o chão estava pavimentado com pedras. Era noite.
-O que aconteceu aqui? – disse Horn.
-Parece que era um vilarejo bem próspero – disse Darko.
-Estão sentindo esse cheiro? – disse Barius.
-Eu estou – disse Tronk, dando uma fungada – Está vindo dali.
Tronk apontava uma para um local enorme, a placa estava descascada, de forma que só se lia:
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Eles andaram pelo vilarejo durante alguns minutos, e tudo que viram foram estátuas. O capim crescia alto e
plantas trepadeiras se enrolavam nos postes e dominavam as casas. Um deserto se desenrolava em volta do
vilarejo, porém o chão estava pavimentado com pedras. Era noite.
-O que aconteceu aqui? – disse Horn.
-Parece que era um vilarejo bem próspero – disse Darko.
-Estão sentindo esse cheiro? – disse Barius.
-Eu estou – disse Tronk, dando uma fungada – Está vindo dali.
Tronk apontava uma para um local enorme, a placa estava descascada, de forma que só se lia:
DR G O
VER E
Eles
entraram e se depararam com um salão de madeira verdadeiramente grande, havia
um balcão e garrafas
de hidromel, vinho e cerveja na prateleira pendurada na
parede atrás do balcão. As mesas redondas de
madeira estavam polidas, e
cadeiras também de madeira.
-Perceberam
que tudo aqui está intacto? Não há rachaduras, sujeira, e nem trepadeiras por
todo lado
observou Barius.
-Concordo,
e agora estou sentindo o cheiro que vocês haviam citado – disse Darko.
-Eu
também. É um cheiro de... café e balas de menta. Mas a mistura dos cheiros não
me agrada nada – disse
Barius.
Eles
exploraram o lugar durante meia hora, então Horn pulou o balcão e começou a
olhar as garrafas, então
viu uma marca na madeira da prateleira e percebeu uma
corda fina, então ele a puxou, e a prateleira subiu.
-Venham
cá! – gritou Horn.
Barius,
seguido de Darko e Tronk respectivamente, foram para o local onde Barius
estava. Eles olharam lá
dentro, porém estava tudo escuro. Darko acendeu o
lampião, que ele achara em baixo de uma mesa do
salão. O lampião iluminou
pouco, de forma que eles só viam as coisas que estavam perto. E Horn não queria
saber se havia algum tipo de criatura assassina ali dentro, só quando ela
estivesse perto o suficiente para
matá-lo.
Mas de qualquer forma eles teriam que entrar, então entraram.
Eles
vagaram a esmo, com o pequeno circulo de luz do lampião iluminando apenas seus
pés. Tudo estava
silencioso, e é por isso que Horn estava ainda com mais medo.
“Será que é aqui que vamos encontrar a
prim...”, pensava Horn, quando percebeu
que seus amigos haviam sumido. Ele olhou em volta e não viu nada,
apenas
escuridão. “Onde eles foram?”, pensou Horn.
Horn
começou a andar para a direita com as mãos estendidas, então encontrou a
parede. Foi se apoiando
nela e andando, então ele viu uma claridade pela
frente, porém devia estar muito longe, pois a luz era fraca.
Ele continuou a
andar apoiado na parede, e a claridade foi ficando mais forte. Então ele
finalmente chegou ao
ponto onde havia a claridade.
Era
um salão circular, com uma torre no centro e um precipício que dava num lago de
lava que circundava a
torre. Horn teve vontade de voltar, para encontrar seus
amigos, mas havia alguma coisa lhe dizendo para ir
para a torre, e aquele
impulso era mais forte do que seu medo. Horn percebeu uma ponte de madeira indo
para a torre. Pelo estado em que se encontrava, qualquer peso grande poderia
arrebentá-la. Ele começou a
atravessar a ponte.Ela
rangia a cada passo, mas Horn estava determinado a chegar à torre. Quando
estava
no meio da ponte, ele olhou para baixo e viu algo se mexer. Era um
lagarto de, no mínimo, uns cinco metros e
quase imperceptível, pois ele se
camuflava bem. Olhou novamente para frente e continuou a andar. Quando
estava
quase chegando lá, a ponta da corda que prendia o precipício á torre,
arrebentou, deixando a ponte
pendurada e presa apenas pela ponta da frente.
Horn se agarrou firme na madeira, mas o lagarto percebeu e
deu um pulo tentando
alcançá-lo, Horn sentiu seu bafo quente subir pelo corpo, mas logo o lagarto
desceu
novamente para a lava. Horn continuou a subir, com muita dificuldade.
Suas mãos estavam suadas e ficavam
escorregando, então o lagarto deu outro
salto e quase o alcançou. Ele se desequilibrou com o susto e ficou
pendurado
apenas com a mão direita. O lagarto pulou de novo, e quase o alcançou
novamente. Então, Horn
viu uma adaga fincada entre as pedras. “Esse lagarto vai
me alcançar no próximo pulo”, pensou ele.
Ele
apoiou os pés numa das tabuas da ponte e colocou a adaga no cinto, agarrou
firme outra tabua e
recomeçou a subir. O lagarto preparou-se e pulou, porém, ao
invés de cair novamente no rio de lava, ele
grudou na parede e começou a
escalar atrás de Horn, destruindo a ponte. Horn começou a subir mais
depressa,
porém suas botas escorregavam muito e suas mãos tremiam. Então, a criatura
abriu a boca e
espirrou um jato de lava, que fez Horn desequilibrar-se
novamente. A criatura começou a subir mais
rapidamente, então Horn se arrumou e
começou a subir novamente, dessa vez mais rapidamente. A criatura
iria
alcançá-lo a qualquer momento, e então Horn chegou ao fim da ponte e correu
para o portão da torre, e
descobriu que ele estava trancado.
O
lagarto escalou toda a torre e quando chegou lá em cima, espirrou um jato de
lava para cima, parecendo
um chafariz enorme e mortal. O lagarto olhou para ele
se posicionou de quatro, e rosnou para ele. O monstro
balançou o rabo e olhava
nos olhos de Horn. Horn olhava para os olhos dele sem querer, era como algum
tipo de hipnose. Porém, quando a criatura balançou o rabo, ele acordou da
hipnose. O lagarto jogou o rabo
coberto de espinhos para cima dele, e Horn
rolou para o lado, fazendo o lagarto acertar o portão da torre,
que ficou com
um grande amassado.
Horn
teve uma idéia. Posicionou-se de frente ao portão, e o lagarto espirrou o jato
de lava, Horn rolou para
o lado, porém sua camisa queimou um pouco, apesar de
que ele já estava com a roupa rasgada, pois de
alguma forma a fumaça que subia
da lava fez sua camisa queimar em vários pontos. Ele voltou para frente do
portão, e a criatura jogou o rabo novamente para cima dele, e então Horn
desviou novamente. Horn ouviu o
barulho do portão caindo.
O
lagarto levantou-se em duas patas e novamente soltou o jato de lava, enquanto o
lagarto fazia isso, Horn
correu e entrou na torre. Não viu nada, só uma escada
então começou a subir a escada, quando chegou ao
segundo andar, ouviu o dragão
destruindo a entrada atrás dele, Horn olhou para a escada e viu que se o
lagarto continuasse a forçar a entrada, a torre desmoronaria. Olhou em volta e
não viu nada, só mais uma
escada, então ele subiu. Chegando lá em cima, ele viu
uma mesa redonda de pedra com estranhas inscrições.
Horn não sabia como, mas
ele soube o que fazer. Tocou três das inscrições e a mesa girou revelando mais
uma escada, dessa vez para baixo. Ele desceu correndo, pois o lagarto iria
derrubar a torre. Chegando lá, ele
viu uma caixa e quando ele a abriu, ele viu
um pedaço de pedra que parecia a ponta de uma chave, então ele
a pegou.
Curiosamente, uma parede desmoronou na frente dele e ele viu o lagarto. Porém o
lagarto não o
vira e Horn correu e abaixou-se, e engatinhando por baixo do
lagarto, ele foi chegando perto do portão. “Se
essa coisa abaixar, eu vou
morrer esmagado”, pensou Horn.
Ele
chegou ao portão e percebeu o problema que ele tinha: como chegar ao outro
lado? Horn olhou para a
ponte caída e percebeu que havia gêiseres de lava que
empurravam a ponte quase até o outro lado. “É uma
idéia maluca e perigosa, mas
é a única”, pensou Horn. Ele começou a descer para a ponta da ponte, e
esperou.
Bolhas começaram a se formar na lava e então um dos gêiseres soltou lava,
queimando um pouco
as mãos de Horn. Quando a ponte subiu, Horn jogou o corpo
para trás e deu um mortal no ar, e caiu
sentado no chão. Enquanto Horn olhava,
o lagarto entrou com o corpo inteiro na torre e ela começou a
desmoronar,
soterrando o lagarto. Horn voltou para o túnel escuro e começou a voltar para o
salão.
Depois
de andar a esmo e no escuro durante muito tempo, Horn percebeu que amanhecera.
Ele puxou a
corda novamente, fazendo a estante de bebida voltar para seu local
original. Ele pegou uma garrafa de
hidromel e bebeu um grande gole no gargalo
da garrafa. Ele dirigiu-se a uma mesa, e sentou-se na cadeira.
Tirou do bolso o
que parecia ser a primeira parte da chave, e bebeu mais um pouco da garrafa de
hidromel.
Ficou olhando-a durante um tempo. “Como meu bisavõ fez para colocar
isso lá? Não há nada no diário dele
falando sobre as partes da chave ou sobre o
que era o tesouro, e muito menos o que guardava as partes da
chave. Imagino o
que deve ser que protege as outras partes e a safira encantada”, pensou Horn.
-Ba...
– ia dizendo Horn, mas então lembrou-se de que eles haviam sumido. Tudo o que
acontecera, tirou o
desaparecimento dos amigos de sua cabeça. Mas agora, ele
lembrou-se e uma preocupação começou a
crescer em sua mente. “E se eles
estiverem mortos?”, pensou Horn. Um debate interno começou dentro dele.
Uma
parte da mente dele dizia “ O prazo é curto e eu já peguei a primeira parte da
chave, além disso, tenho
o diário e poderei traçar o mapa eu mesmo. Posso
deixá-los e o tesouro será meu! E a outra parte dizia:.
“Eles são meus amigos e
eu não irei abandoná-los”
-Eu
sei que eles não morreram e eu irei salvá-los! – disse Horn, levantando-se e tropeçando-nos
próprios
pés. Ele não agüentava beber muito, e, sem perceber, bebera a metade
da garrafa. Ele desmaiou.
Quando
acordou, olhou em volta, com a memória voltando aos poucos. Então, de repente,
os últimos
momentos antes de apagar vieram a sua mente numa velocidade
incrível.
-Que
bom que acordou Horn! Já estava ficando preocupada – uma voz de mulher disse.
Horn
reconheceu a voz. Ele olhou para a direção da onde a voz viera.
-Você!
– disse ele.
-Sim,
eu – disse a maga.
-Desculpe
pela grosseria com que a tratei da última vez que nos encontramos.
-Está
tudo bem, Horn.
-Como
você ficou sabendo que eu estou aqui?
-Tive
um sonho e vim para cá. Então o encontrei deitado no chão. Como não tinha onde
te colocar deixei
você aí mesmo. Quer café?
-Como
você fez o café?
-Com
o pó de café que estava em um dos quartos no andar de cima – disse a maga,
apontando com o dedo
indicador para o teto.
Horn
andou até o balcão, que era onde a mulher estava. Bebericou a xícara de café, e
disse:
-Preciso
da sua ajuda.
-Eu
sei. Seus amigos sumiram e você pretende ir buscá-los onde quer que estejam –
disse a mulher,
colocando leite na xícara de café – Estou aqui para lhe avisar
que esse é um caminho perigoso, você pode
morrer.
-Isso
significa que eles também podem morrer.
-Você
é importante para o futuro, Horn. Não pode morrer, não antes de conseguir o
tesouro – disse a
mulher, olhando firmemente nos olhos dele.
-Como
assim sou importante para o futuro?
-È
melhor não saber, só quero que saiba que você pode morrer.
-Então
devo ir embora e deixar meus amigos aqui, é isso que está dizendo para eu
fazer?
-Sim.
-Nunca!
Se não quiser me ajudar, não ajude. Mas não atrapalhe – disse Horn.
-Eu
não posso ajudá-lo, o lugar onde eles estão bloqueia o poder das runas – disse
a mulher.
Horn
bateu a porta e saiu para o vilarejo.
Olhou em volta e viu as estátuas, não havia
percebido antes, mas agora que estava claro, ele percebeu que
havia estátuas
que estava numa posição como se fugindo de alguém, ou alguma coisa. Ele se
aproximou e viu
que as expressões nos rostos das estátuas eram de terror. Ele
percebeu que elas pareciam estar correndo na
direção do portal. “Será que o portal
já existia quando essas pessoas viraram estátuas?”, pensou Horn.
Ele
resolveu seguir na direção contrária ao portal, e andou durante alguns minutos
e chegou à frente de um
bosque. Decidiu entrar no bosque. Ele andou durante
algumas horas, então se cansou e começou a pensar
em voltar, porém percebeu que
estava perdido. Não tinha como saber para que lado o vilarejo estava, pois,
para onde ele olhava, havia apenas arvores altas e intimidadoras. Ele decidiu
que andaria mais um pouco,
mas se não achasse nada, voltaria para o vilarejo.
Andou por mais algumas horas, e o Sol foi descendo,
começando a deixar Horn na
escuridão.
Depois
de mais alguns minutos, o Sol sumira, dando lugar a um luar muito claro. Ele
olhou e viu uma gruta,
mas não era uma gruta normal. A entrada parecia ter sido
forjada por mãos habilidosas, pois ela tinha o
formato da cabeça de um dragão.
Não que Horn já tivesse visto um dragão antes, mas viu muitos desenhos
para
reconhecer a forma forjada na entrada da gruta. Havia todos os detalhes:
narinas, olhos e dentes.
Dentes pontudos de pedra que deixaram Horn apreensivo.
Horn
tinha um pressentimento de que seus amigos estavam ali, então entrou na boca do
dragão.
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